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Entrevista com Amélia Vitória

A CONVERSA COM AMÉLIA VITÓRIA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRIMUS VITÓRIA

A Primus Vitoria

Kéramica - A Primus Vitória esta a laborar desde 1969, uma história com 50 anos. Conte-nos um pouco da história da sua fundação e dos seus fundadores.

Amélia Vitória - A Primus Vitoria foi adquirida pelo meu falecido Pai João Vitória há cerca de 25 anos, aos sócios fundadores que eram ainda seus familiares e primos entre si. Por essa razão a data a denominaclo social era
Primos Vitoria. Nessa altura a empresa dedicava-se fundamentalmente a produção do azulejo tradicional português.

Kéramica - Sendo uma empresa sobretudo familiar, quais são os desafios e oportunidades que se deparam no processo da sucessão na gestão da empresa?

Amélia Vitória - o maior desafio para as empresas familiares e encontrar o equilíbrio entre "família" e "negócio", sendo que chave para o sucesso passa sempre pela família a servir a empresa e nunca o contrário. A terceira geração já se encontra perfeitamente integrada na gestão da empresa, existindo um manual de conduta que limita a entrada de familiares nos quadros da empresa. No nosso caso a sucessão na gestão da empresa está a decorrer com naturalidade e, estando bem definida a estratégia a seguir, existindo uma total convergência de todos para o sucesso da Primus Vitoria.

PRODUÇÃO

Kéramica - Como caracteriza a produção da Primus Vitoria? Que segmentos de produtos abrangem?
Quantos trabalhadores tem a empresa?

Amélia Vitória - A Primus Vitória esta vocacionada para a produção de revestimentos cerâmicos e divide-se em duas vertentes: uma delas associada a elevada eficiência produtiva e outra associada a produtos de maior valor acrescentado onde destacamos a replicação de azulejos tradicionais portugueses, hoje fortemente impulsionada pelo crescente mercado da reabilitação urbana. A Primus Vitória tem ao seu serviço cerca de 125 colaboradores.

Kéramica - Um dos principais obstáculos apontados pela indústria cerâmica é a escassez de mão de obra. O mesmo se verifica na vossa empresa? Identifique outras dificuldades / constrangimentos.

Amélia Vitória - Mais do que a escassez de mão de obra, deparamo-nos com a inexistência de mão de obra qualificada, a que se associarmos uma curva de aprendizagem extremamente longa, estamos perante fatores que constituem verdadeiros obstáculos ao crescimento. A par da mão de obra temos o elevado custo energético bem como a localização geográfica face aos potenciais mercados.

Kéramica - A nível internacional, qual o principal obstáculo que a Primus Vitoria identifica?

Amélia Vitória - Como referido na questão anterior a localização geográfica, acaba por ser determinante no custo de transporte associado as vendas para os mercados internacionais. Por outro lado, não nos podemos esquecer da existência de países com forte tradição na produção cerâmica em que os custos energéticos e de mão de obra são substancialmente inferiores, bem como todos os custos associados ao cumprimento de obrigações ambientais e até mesmo fiscais.

Kéramica - Cada vez mais os consumidores pretendem personalizar os produtos que adquirem e escolhem formatos de grande dimensão. No caso da Primus Vitoria, escolheram trabalhar com formatos mais pequenos e a produção industrial de azulejo tradicional português. É uma opção estratégica da empresa?

Amelia Vitoria - É de facto a opção estrategica da empresa trabalhar corn os formatos mais pequenos bem como a produção do azulejo tradicional portugues.

Kéramica - Que relação existe entre a arquitetura portuguesa e os novos arquitetos com os pavimentos e os revestimentos cerâmicos?

Amelia Vitoria - O Azulejo tradicional português está na moda. Obviamente que os novos arquitetos não são alheios a este contexto, alavancado mais uma vez pelo crescimento do mercado da reabilitação urbana em que muitas vezes existe uma obrigação de manutenção das fachadas/azulejos existentes.

Kéramica - Em 2017 apoiaram o evento Competições Nacionais de Ciência, incluído no Projeto Matemática Ensino da Universidade de Aveiro. Considera fundamental a colaboração da indústria com os centros de ensino em Portugal? Os centros de ensino têm correspondido as necessidades das empresas?

Amélia Vitória - A colaboração da indústria com os centros de ensino e fundamental para que a inovação continue a ser um motor de crescimento. A Primus Vitória tem vindo a colaborar com a Universidade de Aveiro a vários níveis.

Kéramica - A inovação e o ambiente, a flexibilização do mercado, a aposta no design técnico, a qualificação de quem trabalha na indústria, a industria 4.0... como encara estes desafios crescentes no contexto da empresa que atualmente gere?

Amelia Vitoria - A Primus Vitoria nos últimos 4 anos tem vindo a ver reconhecido o seu esforço de inovação, nomeadamente com, a elegibilidade das suas candidaturas ao SIFIDE. Por outro lado, iniciamos há cerca de um ano um projeto de integração de todas as áreas funcionais da empresa num único software de gestão, processo que se encontra em avançado estado de implementação possuindo potencialidades que nos permitem acompanhar as melhores práticas do sector.

MERCADOS

Kéramica - Qual o peso das vossas exportações e
qual o vosso principal mercado? Ainda há mercados por descobrir?

Amélia Vitória - O peso das nossas exportações considerando as vendas efetuadas a tradings ronda os 70% do volume de negócios. A estratégia comercial passa por uma dispersão das vendas por um maior número de mercados com o objetivo de mitigar riscos associados as fases baixas dos ciclos económicos.

Kéramica - As medidas protecionistas implementadas pelos Estados Unidos, o Brexit e a guerra comercial
entre os Estados Unidos e a China podem afetar as vossas exportações?

Amélia Vitória - Toda a turbulência associada conjuntura internacional poderá afetar as nossas exportações e não estávamos a ser honestos se afirmássemos o contrario. O nosso trabalho esta concentrado na minimização destes possíveis efeitos através da diversificação.

Kéramica - Quais os principais 'Paises produtores internacionais concorrentes das empresas portuguesas
neste sector?

Amelia Vitoria - No mercado especifico da Primus Vitoria temos como principais paises concorrentes a Tur-
quia, Espanha e China.

Kéramica - A presença e visita as principais feiras nacionais e internacionais, em Itália, Estados Unidos e noutros mercados continua a ser um importante canal de promoção e divulgação dos vossos produtos?

Amélia Vitória - Atendendo a especificidade dos nossos produtos, temos optado pela visita as principais feiras do sector, nomeadamente em Espanha, Itália e Estados Unidos.

Kéramica - Têm notado algum acréscimo de vendas no mercado nacional, nesta fase de crescimento da construção e sobretudo na reabilitação?

Amélia Vitória - É sintomático que o mercado
nacional atravessa um período de crescimento. A Primus Vitoria tem beneficiado deste crescimento quer na construção de novos edifícios quer na reabilitação. Não nos podemos esquecer também que o Partido
Socialista apresentou e submeteu a discussão o Projeto de Lei n.° 4r6/X111 - o qual esteve na origem da versão final aprovada pela referida Lei 79/2017, de 18 de agosto o qual justificava a proteção do património azulejar português não apenas por motivos hist6ricos, dado o lugar de relevo que o mesmo ocupa tanto no "património Histórico e Artístico de Portugal, como no Património da Humanidade", mas também por razões que se prendem com a promoção do turismo em Portugal, na medida em que o azulejo se assume como um "elemento atrativo e promotor do papel exportador do setor turístico".

INVESTIMENTO e FUTURO

Kéramica - Recentemente ampliaram a empresa
construindo uma nova unidade de produção em Aveiro. A própria imagem foi alterada. Prevê novos investimentos no futuro?

Amélia Vitória - A Primus Vitoria em 2009 iniciou a
laboração numa nova unidade que permitiu triplicar a sua capacidade de produção com níveis de eficiência elevados. De então para cá, tem vindo a ser efetuados investimentos que tem como objetivo fundamental a melhoria da eficiência energética e a otimização de layouts com vista a aumentar a sua flexibilidade sem perda de eficiência produtiva. No final de 2019 a nossa Unidade da Taboeira estar equipada com uma central fotovoltaica, continuando desta forma a diminuir a pegada ecológica ao mesmo tempo que registara uma redução do respetivo custo.

Kéramica - Como será a Primus Vitoria daqui a 50 anos? Como encara o futuro do subsector?

Amélia Vitória - Com certeza estaremos perante uma empresa centenária... A Cerâmica de revestimento e pavimento continuar a ser um material de referência na construção atendendo as suas características técnicas e funcionais.

Kéramica - Em jeito de despedida, refira uma obra de referência, nacional ou internacional, que tenham aplicado produtos da Primus Vitória e que a tenha deixado orgulhosa.

Amélia Vitória - Projeto da Sonae Sierra na Roménia.

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